sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Em êxtase

Quando fazemos amor
e o seu suor cobre os meus olhos
sou tomado por uma nobreza tão grande
que eu nem caibo em mim mesmo
e nem sei exatamente qual o propósito.

Pois é do amor que fazemos a solenidade.

Quando fazemos amor
eu agradeço à vida por tal fato
e peço que essa cria não se esvaia.
Você, redentor. Eu, pequenino.

Pois é do amor que fazemos a vivacidade.

E quando fazemos amor tudo é luz,
tudo é sol. Nunca nublado, nunca
cinza é o dia que nos amamos em parceria.
E dentro do meu peito algo
se dilata, latejante, reconhecendo 
o nobre sentimento semelhante.


Pois é do amor que fazemos a eternidade.