quarta-feira, 17 de setembro de 2014

[O amor]

O amor é flexível. Ele abre, fecha, estica, encolhe mas não arrebenta. O amor é elástico. O amor é a pele que se expande e se retrai para caber o corpo. Nós somos músculos e órgãos. Nós somos corpo. O amor é pele. Pulsamos, crescemos, mudamos. Sem nunca deixar de caber nele.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Factual

Acreditar ser poeta:
Eu caí nessa armadilha.

gastei toda uma vida 
nesse verso
perdi tempo
bati a cabeça na parede
rasguei cadernos
deixei o dia em aberto
em troca desse verbo.

Escrevo.
O máximo que posso.
O melhor que consigo.

Sem ter identidade forte.
Sem ser marginal ou beat.