sexta-feira, 27 de junho de 2014

Passion for coffee #3

A necessidade básica do coração humano durante uma grande crise é uma boa xícara de café quente.
Alexander King

Café Pingado - Paraty
Casa da minha amiga Mônica Montone
Bon Vivant Bistrô
Bistrô Paço
Artesanato do Café
Beira-mar
Manuê Sucos - Paraty
Casa Cavé
 Confeitaria Colombo
Esch Café
Café Icaraí
Café Icaraí
Café Capital
Charutaria Syria

terça-feira, 24 de junho de 2014

Papo de Escritor #6 O Tempo e o Texto

"Quanto mais velho o escritor fica, melhor ele deve escrever, ele já viu mais coisas, já aguentou mais, já perdeu mais, está mais perto da morte." 
Charles Bukowski

Como lidar quando seu ídolo literário te surpreende (e desafia) com uma afirmação dessas?

Comecei a pensar em quem eu era quando comecei a escrever: o que me motivava? o que eu almejava? o que eu sentia? Eu queria escrever sobre a vida e o amor por que eu queria entendê-los. Ok, eu, o Fernando Pessoa e todos os poetas. Ok, ainda quero, por que ainda não entendo: nem eu, nem o Fernando Pessoa e nem os outros poetas. Mas sei que Pessoa chegou mais perto.

19 anos

Comecei então a me questionar: eu escrevo melhor que anos atrás? Ou será que as rugas, as mudanças, as experiências amorosas, profissionais e etílicas nada acrescentaram ao meu texto?

Reli meus primeiros poemas e eram exatamente como eu me lembrava: doces, ingênuos, bobos – um perfeito retrato daquele garoto que começava a se intitular poeta:

“Quero amar e escrever até o fim”

“Sua boca tão pequena
Traz o universo por dentro”

“Alguns dias, fico em estado de coma
Nada se perde nada se soma”

“Quando a lua ilumina o céu
num degradé azul ameno
só me lembra aquilo que não tivemos.”



Bukowski certamente gargalharia com todas aquelas bobagens. Bobagens nas quais me reconheço muito pouco hoje, mas são registros da minha trajetória. Lá se vão quase dez anos que escrevo. O livro que eu já sonhava publicar ainda não chegou, nem as respostas para as questões mais elementares. Mas a poesia veio, não a poesia boba e ingênua e sem valor que era farta, diária e enchia cadernos e agendas da tilibra. Veio a poesia crua, real, a epifania rara, quase escassa, que vem sempre inesperada, me pega despreparado e hoje se materializa em moleskines. Os anos passaram e felizmente não sou mais o mesmo, nem o meu texto. O que permanece é a inquietação, o desejo de ir além dos presságios. Mas Bukowski ainda ri, por puro sarcasmo.

Hudson Pereira




quinta-feira, 12 de junho de 2014

Nós

Eu gosto de onde a gente se iguala, mas amo, sobretudo, as nossas diferenças.

Todas elas.

Gosto dos nossos encontros, mas amo, sobretudo, os reencontros.

Todos eles.

Gosto da sua ausência, mas amo, sobretudo, a sua existência, essa que na ausência me abraça.


Pra viver, isso me basta.


segunda-feira, 9 de junho de 2014

Big Bang

Tudo em nós
é movimento
sistema solar
encantamento
é via láctea
colisão
desdobramento
a gente se contrasta
se desfaz
e então
renascimento
um big bang
ultraviolento.