sexta-feira, 22 de junho de 2012

Papo de Bar: O Analista crítico do relacionamento alheio

Todo mundo já viu esse filme: uns amigos sentam num bar, fazem o pedido e ,conversa vai conversa vem, começam a falar do relacionamento daquele amigo que não está presente.

Uns torcem pela felicidade, outros comentam levemente sobre a personalidade de ambos e eis que uma entidade muito ácida se manifesta: o analista crítico do relacionamento alheio. É aquele amigo que discorda de todas as decisões, e tem sempre um “conselho muito bom pta dar”, mesmo sem ninguém pedir. Ele começa com discrição e, de repente, solta um comentário tão cruel que os outros sequer conseguem interagir.

Muito bem, uma historinha de um sábado à noite: um rapaz resolveu comemorar seu aniversário no local escolhido pelo novo amor, e não onde ele e seus amigos costumam ir. Se alguém se incomodou, nada disse. Com exceção, claro, do analista: “ É um absurdo a gente ter que vir pra cá quando todo mundo queria ir pra outro lugar e blá, blá, blá...”. Eu, do outro lado da mesa, ouvi calado, mas minha vontade foi responder: “Ô querido, relacionamento é assim mesmo...”. Mas é?

Quando se começa um relacionamento, hábitos, parâmetros, vontades mudam automaticamente, é quase que uma regra ceder mais, agradar mais, principalmente no primeiro mês, que era o caso. E digam o que disserem psicólogos e revistas de comportamento, não importa, a realidade é essa: o “eu” vira “nós” nos primeiros 5 minutos de jogo, digo, namoro.

Quem está de fora até percebe os exageros, mas não fala nada porque sabe que em lua-de-mel ninguém mete a colher, o analista crítico do relacionamento alheio não só se mete como analisa profundamente a relação com uma sabedoria saída de livros de auto-ajuda de 9,90. E se você não der um basta, ele vira a terceira pessoa da relação.

O analista da historinha acima também estava começando um namoro na mesma época que o outro casal. O do casal vai bem, obrigado. O do analista não. Coitado.

Hudson Pereira




domingo, 17 de junho de 2012

Galinhada

Uma das lembranças mais fortes da nossa infância são os almoços em família. Em especial quando se criam pequenas tradições familiares. Na minha família, estes momentos acontecem na casa da minha avó.
Hoje, o almoço de domingo teve um sabor nostálgico, um prato que há muito tempo eu não comia: galinhada.

Lembro nitidamente, lá no anos 90, de toda sexta-feira ir com minha avó no aviário que existia no bairro ao lado do nosso para comprar a galinha, levá-la para casa e no domingo bem cedo, matá-la. Eu e meus primos assistíamos horrizados àquela cena: minha avó num golpe só a degolava , depois e depenava e limpava. Isso era um hábito comum, hoje com toda praticidade dos congelados, parece homicídio duplamente qualificado.

Felizmente, tal ritual não foi necessário e, se o nome do prato não soa nada chique, seu sabor é muito especial.

Abaixo a receita, retirada do caderno da minha avó.

Hudson Pereira



Ingredientes:
1 galinha limpa
8 litro(s) de água fervendo
2 cebolas picadas
4 tomates sem pele
5 dentes de alho amassados
1 colher de coloral
Meia xícara de azeite de oliva
2 folha(s) de louro
Tomilho
Sal à gosto
Pimenta do reino à gosto

Modo de fazer:
Coloque todos os ingredientes numa panela funda, junto com a galinha cortada em pedaços. Deixe uma hora descansando, depois passe tudo para a panela de pressão e acrescente a água fervendo. Cozinhe até soltar a pressão. 

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Inspiração do dia: Sex and the city - último episódio


“Comecei a pensar sobre relacionamentos, há aqueles que te mostram algo novo e diferente, e aqueles que são antigos e familiares, há aqueles que te trazem muitas questões, há aqueles que te levam à um lugar inesperado, aqueles que levam pra longe de onde você estava, e aqueles que te trazem de volta. Mas, o mais excitante, desafiador e significativo relacionamento de todos é aquele que você tem com você mesmo, e se você encontrar alguém que te ama como você se ama, bem, é simplesmente fabuloso...”

- Carrie Bradshaw -



segunda-feira, 11 de junho de 2012

Uma semaninha incrível (Angra dos Reis, Vinho e Polanski)

O inesperado pode ser mesmo algo maravilhoso. Ganhei uma semana de folga do trabalho, depois de exaustivos meses trabalhando sem enforcar feriado algum. Decidi fazer uma pequena viagem para Angra dos Reis.


 (Angra dos Reis, linda mesmo sem sol) 
 (jantarzinho italiano: penne alla berinjela)

E no domingo, já de volta ao Rio, fui almoçar com minha melhor amiga e descobrimos um restaurante super gostosinho em Botafogo, o Brasa na Casa, cujo forte são os grelhados. Eu pedi frango crocante com arroz de brócolis e creme de milho, e de sobremesa sorvete de jabuticaba com menta, e vinho da uva carbernet sauvignon. A comida e o atendimento merecem nota dez, a decoração rústica tem um toque de bistrô, e é possível comer na varanda cercado de plantas em plena Rua Real Grandeza, 212. Vale a visita!


 (restaurante Brasa na casa - bela surpresa em Botafogo)
 (frango grelhado crocante com creme de milho)
(dessert: sorvete de jabuticaba com 'nuvem' de menta)

E à tarde assisti a “Deus da Carnificina” novo filme do diretor Roman Polanski. Descrito como comédia, a história de dois casais que se reúnem para falar sobre a briga dos filhos pré-adolescentes, e terminam numa discussão acalorada sobre seus casamentos, do café para o uísque, as máscaras começam a cair. Gostei. Todo processo de mudança na personalidade dos personagens foi muito bem construída, e resulta numa sátira maliciosa das convenções sociais. Pessoalmente, gosto de filmes que mostram discussões de casal, esse me lembrou “Quem tem medo de Virginia Wolf?” um de meus favoritos. O filme também vale pela bela forma de Kate Winslet, que fica linda até vomitando na mesinha de centro da casa da enrrugadíssima Jodie Foster. O trailer aqui ó.



sexta-feira, 1 de junho de 2012

Playlist: Trilha Lounge



Duas coisas que não podem faltar no fim de semana: boa música e boa bebida. Se adicionarmos a companhia de uns amigos então...voilá! Perfeito! A playlist de hoje é a primeira dedicada ao clima lounge (chill out, bossa e remixes leves) e é perfeita para reuniões e festas íntimas. Basta colocar umas almofadas pelo chão, preparar uns drinques, chamar os amigos... e ser feliz!

Afinal, é pra que isso que a gente foi feito.

Hudson Pereira