domingo, 1 de dezembro de 2013

Woody Allen, meu amor.

Tenho um relacionamento amoroso com Woody Allen. É mais sério que um caso, menos exigente que um casamento. Ele está sempre disponível, eu estou sempre de braços abertos.

Porque Woody Allen não faz idéia do que seja a vida, por isso seus filmes fazem tanto sentido. Porque ele sabe que logo logo tudo acaba, do amor ao pó de café, por isso é imortal. Porque ele só escreve sobre o agora, por isso é atemporal.

É o maior cronista de Nova York, mas descreve a Europa como ninguém. É baixinho e desengonçado, mas fez Diane Keaton e Mia Farrow perderem a cabeça. Já lutou num ringue com um canguru, ganhou Oscar e tem sua própria banda de jazz. Se alguém sabe viver é ele. Woody é o cara.

Em seus filmes, final feliz é poder seguir em frente sem ter enlouquecido de paixão. Grandes paixões? Muitas, e quanto mais complicadas, melhor. A parte mais sexy de uma mulher? Seu cérebro. Maior fraqueza de um homem? Um belo par de pernas. Uma dose de neurose com gelo, por favor!


Seus filmes são como o jazz que por sua vez é como a vida: fluxo. Às vezes não conseguimos acompanhar o ritmo, às vezes não os entendemos. Mas o que nos guia é sempre o desejo de entrar na dança.