“Paris-Manhattan” conta a história de uma jovem mulher
francesa, apaixonada pelo seu trabalho de farmacêutica e por um diretor de
cinema, cujos filmes ela recomenda aos clientes. Sua vida amorosa é um tanto
complicada e seus pais insistem em lhes apresentar pretendentes.
Até aí não tem nada demais, se o diretor em questão não
fosse Woody Allen, e se Alice, ao invés de ter uma melhor amiga, conversa com
ele sobre sua vida. Não exatamente com ele, mas com o pôster dele na parede. E
o pôster responde com falas do diretor em seus filmes.
O filme é despretensioso, leve, no melhor estilo das comédias
francesas. Tem uma fotografia bonita, e de maneira nenhuma tenta estar à altura
dos filmes de Woody. É apenas uma declaração de amor ao estilo inconfundível e aos
personagens sensíveis e neuróticos do diretor. Mostrando que, para ser fã de
Woody, é preciso uma boa dose de neurose também. Eu que o diga.
O filme também trata de uma questão sempre fundamental e
nunca excessiva: de como a arte salva as pessoas, no caso de Alice, através dos
filmes.
A grande surpresa está na participação afetiva do próprio
Woody nas cenas finais, onde se realiza o grande fetiche de todo fã do diretor:
receber um conselho amoroso dele. Qual fã não daria sua coleção de DVDs por
isso?
Este fã de Woody adorou!
Hudson Pereira
Hud e Woody ♥
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