para Matheus Rocha
Um pouco de jazz não dói.
O que dói são essas coisas
que precisamos passar
sem nenhuma trilha sonora para acompanhar
sem nenhum tipo de ensaio prévio
cambaleando na improvisação
para a gente conseguir driblar certos indivíduos,
certas circunstâncias, certos jogos,
relevâncias.
Por que foi mesmo que a gente quis tentar
de novo o mesmo enredo? Quando foi que
a gente perdeu aquele medo
de quebrar a cara? De perder tempo?
De estar bêbado ouvindo Billie Holiday
neste momento?
Um pouco de jazz não dói,
quase nada não,
depois que a gente aprende a lidar
bem com a solidão.
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