Me lembro que foi nesse dia - exatamente nesse - que o livro começou a
germinar, foi aí que escrevi o poema que se tornou o grão primeiro. Era o cine Odeon, era o Festival de
Cinema do Rio, era outubro, era 2006. Eu tinha 20 anos e não sabia ao certo o que fazia, mas senti que era o começo de algo. 10 anos depois o livro existe. Eu o
cultivei aqui todo esse tempo.
O livro nasce da necessidade de respirar fundo no meio do
caos que é a vida, a poesia vem como uma pausa no rush dos acontecimentos, o botão
de stop no caos urbano, na correria. Como se, de repente, largássemos os
deveres e nos sentássemos para apreciar um expresso quente e forte. A cidade
não é só cenário, mas também testemunha ocular das cenas que formam esse
roteiro de amor, desamor, busca por sentido, autocompreensão, pertencimento e
onde não faltam tropeços, abraços e taças de vinho.
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