segunda-feira, 23 de abril de 2012

O amor que passa

Há muitas visões sobre qual seria o contrário do amor: ódio, indiferença, solidão...

Eu já experimentei todas as opções acima e não cheguei à conclusão. Na verdade, eu tinha uma tese de que o amor nunca acaba, o que acaba é a paixão. Achava impossível que, uma vez tendo amado alguém, esse alguém nunca se transformaria num simples contato de email, numa carinha a mais no lado esquerdo do facebook.

Acreditava que, uma vez tendo amado, algum sentimento de posse permaneceria, um certo incômodo ao saber que a pessoa vive feliz, um certo ciuminho ao ver o novo parceiro. Talvez por isso tenha evitado contato com ex-amores: para não por minha crença à prova, e um certo medo das minhas possíveis reações.

Um ex-amor, de quem não tinha notícias há dois anos aproximadamente, reapareceu no Facebook esses dias. Percorrendo suas fotos do novo visual, amigos que não conhecia, viagens e etc... percebi que não senti nada, nenhuma palpitação, nenhuma curiosidade, era apenas o álbum de alguém que não via há alguns anos.

Então, das três opções acima, escolho a indiferença. A indiferença que não faz o coração bater mais forte, que não dá frio na barriga, que não faz a gente lembrar de alguma música, poema, ou filme, que faz a gente pensar “onde que eu estava com a cabeça?”. O amor que passou, e não deixou migalhas de pão pelo caminho.

Hudson Pereira


Nenhum comentário:

Postar um comentário