Há muitas visões sobre qual seria o contrário do amor: ódio,
indiferença, solidão...
Eu já experimentei todas as opções acima e não cheguei à
conclusão. Na verdade, eu tinha uma tese de que o amor nunca acaba, o que acaba
é a paixão. Achava impossível que, uma vez tendo amado alguém, esse alguém nunca
se transformaria num simples contato de email, numa carinha a mais no lado
esquerdo do facebook.
Acreditava que, uma vez tendo amado, algum sentimento de
posse permaneceria, um certo incômodo ao saber que a pessoa vive feliz, um
certo ciuminho ao ver o novo parceiro. Talvez por isso tenha evitado contato
com ex-amores: para não por minha crença à prova, e um certo medo das minhas
possíveis reações.
Um ex-amor, de quem não tinha notícias há dois anos
aproximadamente, reapareceu no Facebook esses dias. Percorrendo suas fotos do
novo visual, amigos que não conhecia, viagens e etc... percebi que não senti
nada, nenhuma palpitação, nenhuma curiosidade, era apenas o álbum de alguém que
não via há alguns anos.
Então, das três opções acima, escolho a indiferença. A
indiferença que não faz o coração bater mais forte, que não dá frio na barriga,
que não faz a gente lembrar de alguma música, poema, ou filme, que faz a gente
pensar “onde que eu estava com a cabeça?”. O amor que passou, e não deixou
migalhas de pão pelo caminho.
Hudson Pereira
Nenhum comentário:
Postar um comentário