terça-feira, 8 de maio de 2012

Um mundo ideal


Assisti o filme “Aladin” da Disney em 1994. A canção tema, dizia que num “mundo ideal”, o privilégio seria “ninguém pra nos dizer o quê fazer; até parece um sonho”. Interessante a mensagem, não sei se deve haver alguma influência inconsciente, mas minha idéia de paraíso sempre foi poder ter liberdade pra ser e fazer o que eu tiver vontade. Desde pequeno.

Cresci assim, acreditando na liberdade. Um tempo depois, entendi que nem todo final feliz foi feito só pra casais de príncipes e princesas. Príncipe que ama príncipe e princesa que ama princesa também merecem seus castelos e jardins floridos, pena que eles sempre ficaram de fora dos livros que a gente leu.

Talvez por isso, criam seus mundos encantados e secretos. É o lado b da fantasia. Me chocou um pouco quando li a notícia da morte do jovem Tom, que havia finalmente encontrado seu príncipe Shane. Todo conto-de-fadas precisa de um (a) vilão (ã) á altura da beleza desse amor, e com eles não foi diferente. Só que dessa vez não foi só uma madrasta má, foi uma família inteira, que além de não aceitar o amor deles, ainda reprimiu, degradou à ponto de Tom cometer suícido e nem sequer permitiram à Shane se despedir. Para ler a notícia, clique aqui.

A grande ironia, é que a vida inteira aprendemos e acreditamos que a vida só é possível com amor. Os contos-de-fadas e as novelas praticamente nos obrigam à viver sob a ameaça do não viveram felizes para sempre. Mas o amor que foge do convencional, dos desfechos de Walt Disney incomodam, revoltam. O amor deveria unir e não separar. O amor deveria trazer vida e não o contrário. Num mundo ideal, as pessoas amam e são amadas, sem qualquer distinção, num mundo ideal, Tom estaria vivo. Pobre Tom, foram seus próprios pais que lhe deram a maçã envenenada.

            

Hudson Pereira



2 comentários:

Miss K. disse...

Fiquei chocada também, uma verdadeira lástima!

Caio Cal disse...

Lamentável! :(

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