quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O lado alegre e o lado triste

A Marilyn Monroe disse uma vez o seguinte: “Eu tenho um lado alegre, mas também tenho um lado triste”. Pode parecer uma frase muito simples e muito óbvia, afinal, quem não tem? Mas vindo de uma musa do cinema cuja imagem refletia felicidade, a declaração deu um susto em muita gente. O que aconteceu com Marilyn depois, todo mundo sabe.

O lado feliz é como um bichinho de estimação de pedigree, sortudos o que conseguem cuidá-lo bem, ele não se alimenta de coisas banais, só aceita grandes conquistas, encontros amorosos de tirar o fôlego, uma grande recompensa financeira, ele só aceita triunfos.

O lado triste não, ele é democrático, humilde, um bichinho vira-lata que se alimenta de qualquer coisa: uma tristezinha, um momentinho de carência, um plano que não deu certo, uma vontade não realizada, tudo faz o bichinho crescer.

Como não impedir que ele cresça? Procurando o lado alegre em tudo que o alimenta, vendo uma possibilidade de reflexão nas tristezinhas, valorizando o que se tem nos momentos de carência, aprendendo com o que não funcionou nos planos que não deram certo, aumento ainda mais o desejo nas vontades não realizadas. Tentando nunca olhar pra baixo.

E lembrando sempre que, não é porque a felicidade é uma coisa frágil que a tristeza precisa ser uma coisa forte.

Hudson Pereira


Marilyn em dois momentos. Sempre olhando para cima.

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