Lembrei hoje. Lembrei daqueles dias. Lembrei. De quando
éramos jovens e queríamos beijar a lua. De quando gostávamos de ficar loucos,
de ficar acordados até a manhã nascer em transe e não havia o menor problema, o
menor questionamento: éramos livres e não sabíamos. Éramos felizes e nem
desconfiávamos. Éramos jovens e sabíamos que a alegria era coisa de momento e
que não adiantaria sermos menores do que o amor, a compaixão, o álcool, as
drogas, o fôlego, a dor e o delírio que compartilhávamos. Vivíamos sem fim e
sem começo, só um fluxo contínuo de tropeços e quedas e levantar a cabeça e
seguir em frente tentar ser felizes na medida do possível.
Éramos outros. Estávamos vivos.
Éramos outros. Estávamos vivos.
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