segunda-feira, 23 de julho de 2012

A falta que Amy me faz


Era um sábado ensolarado como o dia de hoje, eu saí sem ligar a TV, assim que coloquei os pés no trabalho recebi um sms da minha mãe com a notícia: Amy Winehouse havia morrido. Não me lembro mais do sol daquele dia, pois ele se tornou cinza. Fiquei atordoado, sem chão, não era a morte de uma cantora, era a morte de um dos meus ídolos.

Hoje faz um ano que ela se foi, ok...ok... não foi surpresa, todo sua trajetória pessoal à encaminhava para esse desfecho, também é preciso acreditar que ela encontrou a paz e se consolar na certeza de que ela deixou um legado e uma obra incríveis, mas a falta que Amy faz para quem é seu fã não se alivia com tais verdades.

Porque para ser fã de Amy não basta gostar de suas músicas. É preciso entendê-las e vivenciá-las. É preciso ter sofrido por amor, ter bebido até não se aguentar, ter fumado um baseado para aliviar as dores. Depois que Amy partiu eu fiquei um pouco sozinho. Essa é a falta que ela me faz.

Hudson Pereira

ps: no dia que Amy morreu escrevi um poema:

Morte de Amy Winehouse

O que há por trás daquela porta
música não é
Um silêncio quase que absoluto
talvez umas poucas palavras
murmuradas, incompreensíveis
Serão as últimas?
Blake, where are you now?”
“I need you to rescue me”
O que há por trás daquela porta
não tintila
No blues, no jazz, no music
No cigarretes, no Jack Daniels, no Hathaway
Por trás daquela porta
o obscuro, o escuro mundo mudo
por se ver.
Por trás daquela porta
nothing, but her.




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