terça-feira, 3 de julho de 2012

Aprendendo a viver... acompanhado

Entrar num relacionamento sério é mais complicado que mudar o status no Facebook e mais simples que dar entrada nos papéis (tudo bem que a gente torce que uma coisa leve a outra) e embora existam mil livros com regrinhas e dicas para uma relação perfeita essa experiência é pessoal e intransferível, até porque qualquer regra ou conselho simplesmente desaparece na hora que o coração bate mais forte.

A gente aprende muito com livros, filmes, com o casamento dos pais, os namoros dos amigos mas na nossa vez, a gente fica inexperiente, fica desavisado.

A mudança mais radical, é a que ocorre mais naturalmente, quase imperceptível: a mudança do pronome pessoal: quando o “eu” vira “nós”. Os fins-de-semana, as férias, os destinos das viagens: tudo agora precisa ser pensado por dois. Nosso instinto individualista reage. Nosso lado apaixonado resiste. Pensar no outro, esse é o grande desafio. 

Perdemos também o direito ao chá de sumiço (desligar o celular, o computador e ficar off por uns dias sem falar com ninguém) mas alguém para dividir tudo que nos angustia (menos quando se tratar do relacionamento.

Perdemos o direito de beber até cair (oi?) não pega bem né, mas ganhamos a certeza de alguém vai nos carregar caso isso aconteça.

Claro, há os momentos de questionamento: sábado á noite e todos os amigos reunidos num esquenta, a noite está apenas começando. A sua será: cama, pizza e filme na TV. Arrependido? Não. A melhor festa acontece no escuro e debaixo do edredon, sem música alta para atrapalhar.

Perde-se mesmo muita coisa, mas também se ganha muito: beijo na boca todo dia, presente no dia 12 de junho, jantar no japonês, viagem à praia, fim-de-semana na cama, discussões bobas, implicância, ciumeira. Acredite, tem muita gente aí querendo estar no seu lugar.

Para entrar num relacionamento sério só é feita uma exigência: querer. Querer o outro, com todas as divergências, incompatibilidades, manias. Tem que querer o pacote completo. E quando pintar qualquer probleminha, continuar querendo. Eu quero.

Hudson Pereira

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